Davos e a Quarta Revolução Industrial

Essa semana, de 20 a 23 de janeiro estará ocorrendo em Davos – Suíça o Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial. Criado em 1971 por Klaus Schwab, inicialmente com o intuito de discutir práticas de gestão. Hoje são discutidos temas diversos, como política, aquecimento global, imigração ou economia.

Nessa edição, um dos temas de destaque é o que estão chamando de “Quarta Revolução Industrial” – que nada mais, nada menos, é o que discutimos diariamente nesse blog. No artigo: “Como criar o futuro e o pensamento exponencial”, como podemos perceber essa mudança com facilidade, no que Peter Diamandis chama de curva dos 6 D’s – a ideia da evolução exponencial.

Klaus Schwab propagou a ideia de que estaríamos transitando do capitalismo para a era do “talentismo”. O talentismo significa vantagens competitivas, ou a capacidade de o indivíduo inovar, criar e fazer circular ideias. Isso significa, que a educação e o empreendedorismo – é importante depois definirmos isso, no Brasil tudo que é alternativo, é empreendedor, não vejo assim -, não mais os recursos naturais ou a produção. Diversas empresas concordaram com isso, dizendo que nunca foi tão grande a disputa por talentos.

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Esse mundo que o Klaus descreve, já existe. Hoje vivemos em um mundo extremamente interconectado, o que facilita o trânsito de informações e contrai o espaço de tempo – tudo acontece mais rápido. Como o próprio Schwab descreve, “Nesse novo mundo não é o peixe grande que come o pequeno, e sim o mais rápido que come o mais lento”. No artigo “Como criar o futuro e o pensamento exponencial “ expus o caso da Kodak, que foi dizimada pelo advento dos smartphones. No entanto, não foi só ela que desapareceu. Os music players, GPS’s, vídeo camêras, enciclopédias, vídeo conferências ou palm tops praticamente não existem mais em formato físico (desmaterialização). Isso com o advento do Iphone. Hoje existe o fenômeno chamado “Uberization”, que traduz muito bem como uma indústria pode ser desafiada, e até destruída de um dia para o outro. Daí a importância dos cérebros. Daí a velocidade e a dimensão que as transformações tomam hoje.

A chamada “quarta revolução industrial”, é muito do que Jeremy Rifkin defende, de tendermos ao custo de uma unidade adicional zero – ou seja, se eu tenho uma impressora 3D em casa, posso produzir carros, com um custo fixo -, e é nessa “revolução” que está surgindo a nanotecnologia, impressora 3D, robótica, tecnologia das coisas, big data.

É nesse cenário que Peter Diamandis, em meio a um mundo repleto de problemas e notícias negativas, vai de peito aberto defender que vivemos em um mundo “Abundante”. Hoje, os grandes problemas globais podem ser resolvidos com brilho nos olhos e uma boa ideia na cabeça. A capacidade de criar conexões de contatos, se financiar e criar um modelo de negócio sustentável, é o que determina o futuro – essa é a ideia do pensamento exponencial.

Vivemos em um mundo abundante. A capacidade de criar o futuro é nossa.

Vamos propagar a ideia do pensamento exponencial!



 

Fontes adicionais:

Artigos:

http://www.weforum.org/agenda/2015/02/are-you-ready-for-the-technological-revolution

http://www.weforum.org/about/how-does-the-forum-do-its-work

http://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-digital-revolution-could-destroy-the-middle-class-warns-joe-biden

http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/marcos-troyjo-a-ascensao-do-talentismo/?cHash=eb30941d86eda910f5d19126af098ba1

https://felipe8araujo.wordpress.com/2015/08/18/como-criar-o-futuro-e-o-pensamento-exponencial/

 

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